Eu e Nietzsche Vamos ao Culto - Parte 4 (Final)


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A noite havia sido quente, mas não explicava a quantidade absurda de suor. Passei a mão pela cabeça e senti a pontada na cabeça que me fez ter um arrepio na coluna. Na minha cabeça, os nós eram embaraçados e adicionados a cada momento em que perguntava-me ser verdade ou mentira. Um sonho!?
Fui ligeiramente ao banheiro, não tranquei a porta, o medo fala tão alto que tais detalhes são irrelevantes. O banho foi mais demorado que o de comum. Normalmente uso esse espaço de tempo para pensar, e as vezes, elaborar sermões. As gotas continuas de água trouxeram-me mais do que dor de cabeça, mas um enorme susto, ao do nada, a resistência do chuveiro explodir, descarregando eletricidade pela corrente liquida. Por sorte, ou por qualquer outra coisa, saí a tempo de evitar contato com o possível choque.
Me olhei no espelho, a vista em um degra maléfico, escurecendo-se fez surgir um novo arrepio, que imediatamente trouxe consigo as lembranças da carnificina infernal gerada na minha igreja. Era domingo, já marcava nove horas e treze minutos no relógio da estante. Levaria sete minutos até a igreja. Precisava saber. Precisava saber.
A camisa não tão bem composta foi posta pelo avesso e Bíblia não foi levada, mas uma pequena faca de prata, própria para legumes. A pus no bolso, sem analisar realidades ou idealizações, não deixaria cena parecida acontecer.
Foram cinco minutos até a igreja, corri como minha mente, sem pensar nos obstáculos ou motoristas bêbados. O centro da cidade estava coberta por uma densa névoa que sufocava-me um pouco. Estranhei o fato de tanta fumaça concentrada ainda naquele horário.
Na portaria da igreja, uma cena anormal, não havia ninguém, nem mesmo uma criança brincando no corrimão da escada, todavia, o som do louvor era estrondoso. O culto já havia começado, e provavelmente todos estavam partilhando da adoração a Deus.
Aproveitei a solidão para vestir a camisa corretamente. A faca, que estava no meu bolso, caiu e a peguei com a mão direita, escondendo-a com o pulso.
No segundo lance de escadas, uma das levitas chorava intensamente com a testa na parede. Chorava como se tivesse perdido a filha. Meu Deus! oO! Poderia ter acontecido... poderia ser o velório dos mortos, ou um sacrifício, como o holocausto. Santo Cristo!
O desespero antecipado tomou conta de mim, a fumaça estava intensa lá dentro, como se o foco fosse o templo, então dei o primeiro passo para o santuário, preparado para qualquer reação de violência, e simplesmente caí. Não de costas, não de frente, mas de joelhos, com se alguém muito pesado forçasse meus ombros para baixo. Não queria estar ajoelhado. Tentei me erguer, mas foi inútil. Por fim, atentei para a música que ia ser cantada: Poderoso Deus.
"Ao que está assentado, no trono, e ao cordeiro seja o louvor, seja a honra e a glória..."
Gradativamente a névoa foi se desfazendo. Um senhor estava do meu lado, também ajoelhado. Nunca o tinha visto na igreja, nem o conhecia de algum lugar. Perguntei, o que estava acontecendo. Com um sorriso enrugado no rosto respondeu:
" - Veja você mesmo!"
E eis que vi, homens também ajoelhados em frente ao púlpito, todos cantando "Poderoso Deus", numa adoração comovente e intensa. O senhor que do meu lado estava levantou-se vagarosamente, pegou a minha mão e disse:
-"Vai começar a cerimônia. Foi um prazer, meu nome Locke, mas pode me chamar de John, sou o vigésimo segundo" - caminhou para junto do grupo de senhores que choravam sobre o altar, e também prostrou-se.
A contemplação da cena durou pouco tempo, pois comecei a me perguntar sobre a classificação dada ao tal do John. Vigésimo segundo!? John - Locke... John Locke!! Sim.. o inglês. Havia conversado com Locke o filósofo! Foi quando me atrevi a contar quantos haviam sobre o altar. Vinte e quatro ao todo. Todos senhores. Não os reconhecia, apesar de alguns rostos já terem sido visto por mim alguma vez, em algum lugar.
Eram vinte e quatro anciãos, prostrados, cantando.
E vi, no meio deles, Nietzsche, com o rosto no chão e mãos estiradas. Schleiermarcher estava lá também. Hegel; Sartre; Rousseau; Aristóteles... todos prostrados... e agora lançavam cada um, um livro sobe o altar. O mais velho lançou um pote com um liquido dentro; e diziam todos: "Tu é digno, Senhor e Deus nosso de receber a glória a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas."
Eu perdi a noção do tempo. As coisas estavam confusas, mas sabia que o que estava vendo era a cena de Apocalipse 4.

...

Fez-se silêncio e pelo tempo que fiquei com meu rosto no chão, não sei se dormi.

Do meu lado apareceu Nietzsche; abaixou-se, olhou para mim, pegou a faca, testou a lâmina passando de leve o dedo polegar, sorriu e disse:

-"Levarei de presente. Adeus caro amigo!"

E antes que conclui-se o pensamento de reação, uma nova batida na cebeça, uma nova tontura... e tudo escureceu.

Acordei num salto, estava no meu quarto, um sonho? olhei para o relógio, 8:45 da manhã, era uma terça-feira, estava suado, mãos trêmulas... o telefone tocou. A respiração se estendeu-se quando ouvi a voz da secretária, solicitando minha presença na igreja. As coisas em casa estavam perfeitamente arrumadas. No sofá, sentei e tentei por a cabeça no lugar. O que tinha eu comido na tarde passada? Lembrei, que na geladeira deveria ter uma dica. Abri-a e lá estavam as vasilhas com as sobras do almoço passado. Ufa! Tinha sido um sonho. Um duplo.. ou triplo... sei lá... mas havia sido um sonho. No banheiro constatei que o chuveiro estava funcionando perfeitamente bem.
Enfim, lembrei que tinha me confrontado nas pesquisas sobre as obras de Nietzsche, especialmente "Assim Falava Zaratustra".

Após o banho, fui a igreja e recebi as orientações necessárias. Pediram-me para ajudar o tesoureiro numa projeção financeira e na contagem das ofertas do último domingo.
Direcionei-me À tesouraria, e após a identificação e toda a conversa introdutória, acompanhada de risadas e piadas, sentei enquanto o irmão tesoureiro buscava o material de contagem.
Sem muita importância ou ênfase, irmão Caio, tesoureiro da nossa igreja a pouco tempo, colocou sobre a mesa um envelope branco, de uns trinta centímetros aproximadamente, e disse-me que tinha sido colocado no gazofilácio e estava direcionado para mim.
Estranho.., mas a animação bateu, quando deduzi que poderia ser uma oferta especifica para manutenção da minha vida seminarial. Abri e retirei do envelope uma enorme quantidade de folhas, algumas soltas e outras ainda presa por um clip de papel.
Não era dinheiro, disso soube logo que toquei as folhas.
Numa delas, em fonte tamanho 18, aparentando ser datilografado:

--- GENEALOGIA DA MORAL ---

E escrito a mão um recado na borda:

"Ao meu amigo de Café e Prosa... ass.: Friedrich W. Nietzsche".

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... e fim ... eu acho...
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[] CaixA []


Cátia acordou mais uma vez de mal humor. Seus primeiros pensamentos rodaram em torno de suas responsabilidades. Faziam apenas dois dias que após uma briga, seu noivo terminara com ela, deixando seu coração dilacerado, ao descobrir que o mesmo a traia com sua tia.
Era manhã escura, com espessa nuvens carregadas de chuva.
Após seu banho, e vestir sua farda em tons de roxo e verde, se dirigiu a cozinha, para esquentar o mingau de sua mãe, que teve um derrame, e por recomendação médica, só poderia se alimentar de coisas em estado pastoso. Seu pai morrera de overdose havia três meses, mas a ausência dele só confirmou a falta que fizera nos seus vinte e três anos de vida. A filha que ele fizera fora do casamento, enquanto viajava para Minas Gerais, estava agora sob o cuidado de Cátia, e de sua mãe incapacitada, e com apenas quatorze anos, demonstra sinais de uma gravidez no terceiro mês, e como sempre, tinha acabado de chegar em casa.
Cátia encarava essa rotina com uma forçada apatia. Tentava fantasiar as rachaduras do barco de sua vida, para que tudo não afundasse, ou simplesmente pulasse no mar.
A expressão de dona Marta, mãe de Cátia, era imutável, mas de certa forma demonstrava um certo rancor, uma mágoa incutida, que a filha esforçada tomava como culpa, e que naquela manhã tal feição foi como uma faca quente perfurando seu mamilo esquerdo com extrema crueldade. Saiu de casa atrasada e sem fazer seu desjejum, já que teve de lavar os pratos, sujos pelo irmão, de dezenove anos que era auxiliar de manutenção de esgotos, e que provavelmente tinha trazido mais uma garota de programa para casa.
A camisa de sua farda estava amarrotada e com o cheiro impregnado da fumaça dos cigarros de maconha que o garoto consumia. Dado a escuridão apresentada logo de manhã, Cátia optou por vestir sua jaqueta, especial para dias extremamente frios, para impedir que a sua farda, essencial para entrada no trabalho, fosse molhada pela chuva. Saiu atrasada, como sempre, era de fato, apenas mais um dia.
A rota dos ônibus de sua cidade, é uma das mais confusas do nosso país. Para chegar ao trabalho, Cátia precisa caminhar cerca de duzentos e trinta metros para pegar o ônibus coletivo que a deixe mais próxima do seu destino, mesmo havendo um ponto de ônibus ao lado de sua casa. No caminho, quase que de maneira sobrenatural, o sol espanta as nuvens esquentando calçada e asfalto. O transtorno desse "clima temperamental" a incitou a retirar a pesada vestimenta para frio, já que o termômetro ataviou-se para marcação de 39,4º, um calor estubidamente absurdo para sua região. Ainda andando, conseguiu fazer manobras dignas de contorcionismo artístico, retirando o capote, mantendo os fones de ouvido e a bolsa da mão esquerda imutáveis.
Nas proximidades do ponto de espera, percebeu que o seu transporte passava, numa dessas curvas fechadas em extrema velocidade, para sua sorte ( e incrementação irônica dessa história), foi banhada pela grande onda formada pelo atrito dos grandes pneus do ônibus e pela poça acumulada no chão, o que a fez agora, perder um pouco do cheiro de maconha da roupa, com a leve consequência de tê-la completamente molhada e suja de lama.
Incrível como os neurônios produzem sinapses infinitamente multiplicadas em situações de adrenalina e estresse. Os de Cátia proporcionaram mais uma incrível apresentação de flexibilidade e agilidade, retirando novamente a jaqueta de dentro da bolsa de enorme tamanho e vestindo-a, enquanto subia os primeiros degraus de acesso ao transporte coletivo.

Enfim um momento de calmaria, sentada, Cátia olhou pro mesmo cenário de todos os dias pela janela, respirou e ouviu indignada a sua previsão astrológica pelo seu rádio FM. Seu momento de "paz" (ao todo cinco minutos), teve fim quando cedeu o lugar para uma gestante, já que tinha ocupado um lugar reservado para esse fim. Agora, estava Cátia no meio da multidão de braços levantados, que fazia movimentos de-sincronizados a cada redução de velocidade. Não demorou muito até que tivesse a primeira tontura. O calor era como misturas apodrecidas de comida, fazendo-a enjoar...

Finalmente chegara ao seu destino, o seu primeiro passo foi vitorioso, sentindo a brisa abafada da rua, os demais, no entanto, foram trágicos. Chegou no estabelecimento e imediatamente assumiu o seu lugar no caixa doze, a fila já era de grande volume. Dada a pressa esqueceu-se de registrar sua chegada, o que agravou a a repreensão dada pelo gerente, que a criticava pelas condições da roupa. Cátia iniciou sua jornada de trabalho, em mais um dia de sua vida miserável, sairia dali as vinte horas, chegara as nove, e tinham passado apenas trinta e cinco minutos desse tempo.

"- Próximo!"

A frase repugnante que Cátia continuamente falava, foi repetida mais uma vez. Olhou rapidamente seu relógio, marcava catorze horas e dezessete minutos. Enlouquecedor calor. Náusea.
O cliente chegou. Mais um desses mal educados; Homens brutos moldado por uma péssima educação.
O suor desceu por sua sobrancelha. Uma formiga mordeu sua perna. Sua corrente folheada a ouro irritou o pescoço e numa busca por rápido alívio passou as unhas rapidamente em movimentos frenéticos. A corrente partiu-se e caiu para debaixo de sua cadeira. O pouco de pó compacto em seu rosto causou uma horrível sensação devido a "quentura" do ambiente. Abaixou-se para recuperar a jóia e ao levantar-se bateu violentamente a cabeça na bancada e foi imediatamente criticada pelo ignorante cliente que a sua frente estava. Metade da fila reclamou e uma das crianças que acompanhava sua mãe, ria de maneira ingênua e perversa. Uma nova gota de suor pelo rosto. Frequência cardíaca aumentada e a traquéia enrijecida.
A retrospectiva do seu dia, semana, ano e vida passou como num segundo.

Incrível como os neurônios produzem sinapses infinitamente multiplicadas em situações de adrenalina e estresse.
Foi como em slow motion, a marreta já "passada" na compra do cliente, foi pego por Cátia e num surto de ira, foi arremessada contra o monitor junto com seu Grito ensurdecedor, novamente pega e dessa vez, de cima para baixo, atingindo a caixa registradora, que abriu-se e atirou as moedas para todos os lados, sendo que uma delas, acerta um dos olhos da criança, que até o momento ria. Dada a força e velocidade (Fr= m.a) do projétil, a retina é deslocada e a moeda presa na região ocular, espirrando um fino esguicho de sangue pelo corredor. Em sequência ao inferno formado, a marreta trava-se no crânio do cliente, que era atendido. Numa série de gritos a pobre moça de vida ruim, sai pela rua, perseguida pelos seguranças. E então acordou dessa louca idéia.
Olhou para o bronco cliente, sorriu de leve, registrou a compra, entregou-lhe a nota fiscal, e antes que dissesse "Próx..." foi chamada pelo gerente.
Na sala, ar-condicionado ligado, a falsidade e sarcasmo do seu superior fez uma nova gota de suor descer. Ela não deveria usar aquele pó compacto. Cabe dizer também que seu gerente é agora seu Ex-Noivo.
Um suspiro, uma leve tosse e mais um punhal acrescentado no seu peito: Demissão!

Incrível como os neurônios produzem sinapses infinitamente multiplicadas em situações de adrenalina e estresse.

Pensou na marreta. Procurou-a e não a achou. As canetas estavam distantes, engoliu a indignação e saiu da sala.
Como fazia calor naquele dia.
...tanta angústia no peito...
Por que não morria.
Mais uma tontura, e só.

Saiu dali. Não retirou apenas a jaqueta, mas também a blusa, andando pelas ruas semi nua. Ao fundo, um grito afirmativo chamando-a de louca. Em sua mente a imagem de sua mãe. Seu rosto profundamente marcado por mágoa e rancor.
Posicionou-se na sacada da recém construída João Durval, e sem olhar para trás, atirou-se.

Incrível como os neurônios produzem sinapses infinitamente multiplicadas em situações de adrenalina e estresse.

No meio dos segundos que demorou para que chegasse ao chão, ouviu de longe, muito longe, o "Meu Deus!" do motorista que passava em seu Uno Mile branco e a viu cair.

Enfim, morreu!


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Incrível como os neurônios produzem sinapses infinitamente multiplicadas em situações de adrenalina e estresse. Agora diga-me, é você que controla suas emoções, ou elas controlam você?
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a-titulado

Meu desabafo retirado de parte de uma conversa, no msn. Que terminou em lágrimas... intensas.

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qd eu vou recitar

eu me maquio

pra realçar as expressões

ou pra esconder alguma emoção desnecessária

...

na vida, tô tendo q me maquiar

as vezes é bom, esconder aquilo q tô sentindo

tdo mundo acreditar q o sorriso vermelho, é de fato alegria

mas dói. dói mto, qdo, depois de um tempo, vc percebe q nínguem tah te vendo por dentro

q a maquiagem já tá no seu rosto a muito tempo

e que tdo mundo acredita na tinta

..dói...

a tinta começa a coçar

vc tenta tirar..

e seu rosto fica manchado

e mesmo depois de tirar tda tinta...

o mundo só te reconhece de maquiagem..

tô triste.. pq minha vida no "palco" foi instaurada como minha vida real...

mas eu não posso maquiar minha alma....

e issó dói..

por isso tô triste

Mto triste...

meu silêncio deixou de ser próposital e passou a ser uma ausência

pois não tenho mais palavras...

desaprendi a falar....

tô com medo...

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Pocema romântica à mulher

Antes que me peçam desesperadamente, eia aí o texto que recitei ontem a noite, numa homenagem antecipada ao Dia da Mulher.

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Pocema romântica

à mulher

(Alexandre Devereaux)

Eis a fonte universal das palavras.

Lá, todas elas, dormem e não testificam a sua existência.

Avante vem o cavaleiro, a procura da palavra certa a dizer

Seu nome é Romeu e na sua mente uma figura feminina.

Violentamente mergulha na sacra fonte causando dor e surpresas,

Arranca de lá a humilde palavra e leva-a para sua Julieta.


Palavra não precisa ser bela, hiperbólica ou metafórica.

Pois o sentido que é dado para o mundo a fora

É concedido por osmose no contato com

A Mulher!


HELENA! HELENA! Por ti lutaremos.


No principio criou Deus o céu e a terra!

Fez ele as criaturas viventes, o homem, um lugar para morar

A Mulher....

E baseada nela criou flores.


MARIA!MARIA! Não chores mais...

Afaste de mim essa cena

Tape os meus olhos, por favor.

Já não quero ver.

O pavor em suas faces delicadas...

ACUDAM! ACUDAM!

FOGO! FOGO!

Saiam daí! Tire-as de lá!

Afaste de mim essa cena

Tape os meus olhos por favor

Já não quero mais ver

A vida perdendo a vida.

MORTE!

Todas sumindo...

Não apenas um centésimo delas...

Mas estelar quantia

Todas queimadas durante a história!

Todas presas no vil destino!


QUITÉRIA! QUITÉRIA!Tua beleza me inebria!


Levante-se Aurora!

Mostra como és Bela!

Acompanhe a Lua,

Não te esqueça da Rosa!

Junto leve a Sofia!

Observa como o mundo se transforma

Observa como todos te admiram

Vê o espelho divinal construído em teu corpo de brilho.

AURORA! Tu chegaste antes que o próprio sol.

Desperta para um novo dia!

Dia de ler poesia!

Dia de contemplar a forma corpórea da alegria.

Pois é o centro de minha poética,

Que deixam juntas

Fé e Mulher!


XERAZADE! XERAZADE! Não pare de contar!


Ser extraordinário chamado Mulher,

Ouve minhas palavras impuras

Seja clara, ou seja, turva

És para tudo uma tina

Para portar o amor do mundo que se atira

E que não fique este dia eternizado, ou instaurado

Pois mereces mais que um solstício dado.

Mas seja este o dia em que teus servos de arrelia

Prostram-se com alegria

Pedindo que em tempos de guerra

Simplesmente sorria!


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Sim... é Pocema mesmo, o "C" não foi erro de digitação. Não sabe oO? Vai no Google! Não tem.. Aurélio! ^^

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