Hoje eu tenho o papel horrível de expor aos caros leitores mais uma interpreteção das sujas cantigas de roda, que ensinam-nos ainda quando pequeninos. Desta vez...
Escravos de Jó, jogavam caxangás...
Tira... Bota...
Deixa o Zé Pereira ficar.
Guerreiros com guerreiros,
Fazem zig-zig zá!
Guerreiros com guerreiros,
Fazem zig-zig zá!
Como diria o maravilhoso Nelson Rodrigues, é ULULANTE aos nossos olhos a maldade, ou melhor o PeCaDo, presente nessa letra musicada.
Vamos, parafraseando Antônio Cunha ( meu professor de física no ensino médio), por partes:
1- Os pobres escravos de Jó, terminaram todos os seus afazeres, e agora se divertem na senzala jogando caxangás. Ok...tudo bem! Até porque não faço a mínima idéia do que seja "caxangás". Considerando que a canção já começa fazendo menção a ridícula política da escravatura na época do expansionismo.
2- "Tira... Bota..." Ah... me poupe, confesso que vem sim pensamentos maledicentes a cerca dessa parte. Por isso não ei de comentar.
3- "Deixa o Zé Pereira Ficar" Bem, essa parte me deixa mais que indignado! Afinal de contas, quem é Zé Pereira?? Poxa vida, ele não podia ficar "na dele" lá de baixo do pé de Pêra? Mas não... foi atrapalhar a brincadeira dos pobres escravos, que trabalharam durante todo o dia... Por que apenas ele fica? Por que? Por que?
4- Pra terminar, é repetido duas vezes a oração: "Guerreiros com guerreiros, fazem zig-zig zá!" A princípio gostaria de afirmar que não tenho nada com a vida dos guerreiros e que pouco me importa o que eles fazem seja o zig, seja o zá... Acontece que, se por um acaso meu filho puxar a mim, concerteza ele me questionará um dia porque os guerreiros, símbolo de braveza e força estavam lá fazendo zig-zig zá... Não saberei explicar, ou terei de contar as coisas terríveis que já ouvir sobre os quartéis.
Bem..., é isso! ATENÇÃO PAIS! Seus filhos podem ser influenciados à discriminação e outras coisas implícitas no texto.
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